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Introdução.
Graça
e paz vêm daquEle que é, que era e que há de vir - passado, presente e futuro.
Na eternidade passada, Deus nos elegeu para recebermos sua graça soberana (Ef
1.3,4).
No presente, derrama-nos esta mesma graça e a paz (2 Ts 3.16; Tg 4.6). No futuro, continuará a dar-nos sua graça e paz por toda a eternidade. Elas são-nos outorgadas através dos sete espíritos que estão diante do trono de Deus. Dado a importância da Graça de Deus, buscaremos respostas para as perguntas:
O
que é a Graça de Deus?
Quem
são os principais inimigos da graça?
E
estabeleceremos as relações entre a Graça e justificação, redenção e
purificação.
LEIA
TAMBÉM:
I.
O QUE É A GRAÇA DE DEUS?
1.
Definição.
O
termo graça, do original charis, é
usado cerca de cem vezes nas epístolas paulinas. Destas, vinte e quatro
aparecem apenas em Romanos (1.5,7; 3.24; 4.4; 4.16; 5.2,15,17,18,20,21;
6.1,14,15;11.5,6; 12.3,6; 15.15; 16.20,24).
Na
Antiga Aliança, o termo hebraico hesed corresponde
ao sentido do Novo Testamento. Em diversas passagens é traduzido por
"favor", "misericórdia", "bondade amorosa", ou
"graça que procede de Deus" (Êx 34.6; Ne 9.17; SI 103.8; Jn 4.2).
No
contexto da doutrina da salvação, charis
é o dom ou favor imerecido de Deus, mediante o qual os homens são salvos por
meio de Cristo (Ef 1.7; 2.5,8; Rm 3.24; Tt 2.14).
A
graça é favor imerecido que Deus nos concedeu, a imprestáveis pecadores,
elevando-nos ao lugar de sua benção. Toda vida cristão é regida pela graça.
Fomos salvos pela graça (Ef 2.8; Tt 3.7); crescemos pela graça (1 Co 15.10) e
recebemos poder pela graça (2 Co 12.9). A graça
dirige toda a vida cristã (1 Pe 1.2).
2. A
extensão da graça.
Estudar
a respeito da graça de Deus implica descrever os principais ramos da doutrina
da salvação: o perdão (At 10.43), a salvação (Tt 2.11; Rm 1.16), a regeneração
(Tt 3.5), o arrependimento (At 11.18; Rm 2.4) e o amor divino (Jo 3.16; Rm
5.8).
A
graça de Deus é dinâmica. Não somente salva, mas vivifica aqueles que estão
destruídos pelo pecado, capacitando-os a viver em santidade (Ef 2.1-8).
O
capítulo 6 de Romanos mostra que a vida cristã requer santidade. Na igreja em
Roma, muitos acreditavam que, se a salvação é pela fé, então, cada um podia
fazer o que bem desejasse. Se a lei não salva, temos algum compromisso com ela?
Paulo, portanto, escreve para evitar o mal-entendido. Somos salvos pela graça,
por meio da fé (Ef 2.8-10). No entanto, a fé não anula a lei, mas a estabelece
(Rm 3.30-31).
3. A graça
de Deus no Antigo Testamento
Nem sempre
a palavra “graça” é empregada no mesmo sentido na Escritura, mas apresenta
certa variedade de significados.
Temos no
Velho Testamento a palavra chên (adj. Chanun) da raiz chanan.
O
substantivo pode significar graciosidade (graça, neste sentido) ou beleza, Pv
22.11; 31.30, porém mais geralmente significa favor ou boa vontade.
Achar favor
aos olhos de Deus ou do homem é expressão que se encontra repetidamente no
Velho Testamento.
O favor
assim obtido leva consigo a concessão de favores ou bênçãos. A graça não é uma
qualidade é um princípio ativo e dinâmico, que se manifesta em atos
benevolentes, Gn 6.8; 19.19; 33.15; Ex 33.12; 34.9; 1 Sm 1.18; 27.5; Et 2.7.
A ideia
fundamental é a de que as bênçãos graciosamente concedidas são dadas livremente
(gratuitamente), e não em consideração a qualquer reivindicação ou mérito.
A palavra neotestamentária charis, de chairein,
“regozijar-se”, denota primeiramente uma aparência externa agradável –
“encanto”, “agrado”, “aceitabilidade”, e é este o seu sentido em Lc 4.22; Cl
4.6.
Contudo, um
sentido mais proeminente é favor ou boa vontade, simpatia, Lc 1.30; 2.40, 52;
At 2.47; 7.46; 24.27; 25.9.
Pode
significar a bondade ou benevolência de nosso Senhor, 2 Co 8.9, ou o favor demonstrado
ou concedido por Deus, 2 Co 9.8 (que se refere a bênçãos materiais); 1 Pe 5.10.
Contudo na
maioria das passagens em que a palavra charis
é utilizada no Novo Testamento, ela significa a imerecida operação de Deus no
coração do homem, operação efetuada mediante o Espírito Santo.
Embora às
vezes falemos da graça como uma qualidade inerente, é, na realidade a
comunicação ativa das bênçãos divinas pela ação interior do Espírito Santo,
provenientes daquele que é “cheio de graça e de verdade”, Rm 3.24; 5.2, 15, 17,
20; 6.1; 1 Co 1.4; 2 Co 6.1; 8.9; Ef 1.7; 2.5, 8; 3.7; 1 Pe 3.7; 5.12.
No Antigo
Testamento Deus revelou-se como o Deus da graça e misericórdia, demonstrando
amor para com o seu povo, não porque este merecesse, mas por causa da
fidelidade de Deus à sua promessa feita
a Abraão, Isaque e Jacó (ver Êx 6.9).
No
Antigo Testamento Deus revelou-se como o Deus da graça e misericórdia,
demonstrando amor para com o seu povo, não porque este merecesse, mas por causa
da fidelidade de Deus à sua promessa feita a Abraão, Isaque e Jacó.
Os
escritores bíblicos dão prosseguimento ao tema da graça como sendo
a presença e o amor de Deus em Cristo Jesus, transmitidos aos crentes pelo
Espírito Santo, e que lhes outorga misericórdia, perdão, querer e poder para
fazer a vontade de Deus (Jo 3.16; 1Co
15.10; Fp 2.13; 1Tm 1.15,16).
Toda
atividade da vida cristã, desde o seu início até o fim, depende desta graça
divina.
(1)
Deus concede uma medida da sua graça como dádiva aos incrédulos (1Co 1.4;
15.10), a fim de poderem crer no Senhor Jesus Cristo (Ef 2.8,9; Tt 2.11; 3.4).
(2)
Deus concede graça ao crente para que seja “liberto do pecado” (Rm 6.20, 22),
para que nele opere “tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade”
(Fp 2.13; cf. Tt 2.11,12; ver Mt 7.21,
nota sobre a obediência como um dom da graça de Deus), para orar (Zc 12.10),
para crescer em Cristo (2Pe 3.18) e para testemunhar de Cristo (At 4.33;
11.23).
(3)
Devemos diligentemente desejar e buscar a graça de Deus (Hb 4.16).
Alguns
dos meios pelos quais o crente recebe a graça de Deus são: estudar as
Escrituras Sagradas e obedecer aos seus preceitos (Jo 15.1-11; 20.31; 2Tm
3.15), ouvir a proclamação do evangelho (Lc 24.47; At 1.8; Rm 1.16; 1Co
1.17,18), orar (Hb 4.16; Jd v. 20), jejuar (cf. Mt 4.2; 6.16), adorar a Cristo (Cl 3.16); estar
continuamente cheio do Espírito Santo (Ef 5.18) e participar da Ceia do Senhor
(cf. At 2.42; Ef 2.9,).
(4)
A graça de Deus pode ser resistida (Hb 12.15), recebida em vão (2Co 6.1),
apagada (1Ts 5.19), anulada (Gl 2.21) e abandonada pelo crente (Gl 5.4).
4. Graça na
Literatura Grega
Na
literatura grega a palavra charis tinha os seguintes significados:
(1)
Era usada para aquilo que causara atração, tal como a graça
na
aparência ou na fala.
(2)
Era usada quanto à consideração favorável sentida em relação
a
uma pessoa.
(3)
Era usada quanto a um favor.
(4)
Era usada para significar gratidão.
O uso da
palavra Graça
Era
usada adverbialmente em frases como: “Por amor a alguma coisa”, charin tinos.
Mas
foi somente com a vinda de Cristo que a graça assumiu seu significado pleno. O
seu auto-sacrifício é a graça propriamente dita (2 Co 8,9).
Esta
graça é absolutamente gratuita (Rm 6.14; 5.15-18; Ef 1.7; 2.8,9). Quando
recebida pelo crente, ela governa sua vida espiritual compondo favor sobre
favor. Ela capacita, fortalece e controla todas as fases da vida (2 Co 8.6,7;
Cl 4.6; 2 Ts 2.16; 2 Tm 2,1). Consequentemente, o cristão dá graças (charis) a
Deus pelas riquezas da graça em seu dom inefável (2 Co 9.15).
II.
QUEM SÃO OS PRINCIPAIS INIMIGOS DA GRAÇA?
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