A Bíblia ensina que os crentes terão, um dia, de prestar
contas “ante o tribunal de Cristo”, de todos os seus atos praticados por meio
do corpo, sejam bons ou maus. No tocante a esse julgamento do crente, segue-se
o estudo de alguns de seus pontos.
(1) Todos os crentes
serão julgados; não haverá exceção (Rm 14.10,12; 1Co 3.12-15; 2Co 5.10; ver
Ec 12.14 nota).
(2) Esse julgamento ocorrerá quando
Cristo vier buscar a sua igreja (ver Jo 14.3 nota; cf. 1Ts 4.14-17).
(3) O juiz desse julgamento é Cristo (Jo 5.22, cf. “todo o juízo”; 2Tm 4.8,
cf. “Juiz”).
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(4) A Bíblia fala do julgamento do crente como algo sério e
solene, mormente porque inclui para este a possibilidade de dano ou perda (1Co
3.15; cf. 2 Jo 8); de ficar envergonhado diante dEle “na sua vinda” (1Jo 2.28),
e de queimar-se o trabalho de toda sua vida 1Co 3.13-15). Esse julgamento, não
é para sua salvação, ou condenação. É um julgamento de obras.
(5) Tudo será conhecido.
A palavra “comparecer” (gr. phaneroo, 2Co 5.10) significa “tornar
conhecido aberta ou publicamente”. Deus examinará e revelará abertamente, na sua
exata realidade,
(a) nossos atos secretos (Mc 4.22; Rm
2.16),
(b) nosso caráter (Rm 2.5-11),
(c) nossas palavras (Mt 12.36,37),
(d) nossas boas obras (Ef 6.8),
(e) nossas atitudes (Mt 5.22),
(f) nossos motivos (1Co 4.5),
(g) nossa falta de amor (Cl 3.23—4.1) e
(h) nosso trabalho e ministério (1Co
3.13).
(6) Em suma, o crente terá que prestar contas da sua
fidelidade ou infidelidade a Deus (Mt 25.21-23; 1Co 4.2-5) e das suas práticas
e ações, tendo em vista a graça, a oportunidade e o conhecimento que recebeu
(Lc 12.48; Jo 5.24; Rm 8.1).
(7) As más ações do crente, quando ele se arrepende, são
perdoadas no que diz respeito ao castigo eterno (Rm 8.1), mas são levadas em
conta quanto à sua recompensa: “Mas quem fizer agravo receberá o agravo que
fizer” (Cl 3.25; cf. Ec 12.14; 1Co 3.15; 2Co 5.10). As boas ações e o amor do crente
são lembrados por Deus e por Ele recompensados (Hb 6.10): “cada um receberá do
Senhor todo o bem que fizer” (Ef 6.8).
(8) Os resultados específicos do julgamento do crente serão
vários, como obtenção ou a perda de alegria (1Jo 2.28), aprovação divina (Mt
25.21), tarefas e autoridade (Mt 25.14-30), posição (Mt 5.19; 19.30),
recompensa (1Co 3.12-14; Fp 3.14; 2Tm 4.8) e honra (Rm 2.10; cf. 1Pe 1.7).
(9) A perspectiva de um iminente julgamento do crente deve
aperfeiçoar neste o temor do Senhor (5.11; Fp 2.12; 1Pe 1.17), e levá-lo a ser
sóbrio, a vigiar e a orar (1Pe 4.5, 7), a viver em santa conduta e piedade (2Pe
3.11) e a demonstrar misericórdia e bondade a todos (Mt 5.7; cf. 2Tm 1.16-18).
Adaptado dos Escritos de: DONALD C.
STAMPS
Divulgado
por: Subsídios EBD
Fonte
Original:
Bíblia de Estudo Pentecostal
Editora: CPAD