Senhor confiou a cada um de nós
uma tarefa preciosa, que é a conquista de almas das garras de Satanás. Essa
missão é tão elevada que os próprios anjos desejaram participar dela (1Pe
1.12).
O crescimento da Igreja na
Terra não pode ser ignorado, e devemos nos mobilizar para que isso aconteça.
Simultaneamente a ele, os movimentos religiosos dos últimos anos também têm
crescido, e de forma assustadora.
Nestes últimos dias que antecedem
o Arrebatamento da Igreja, as pessoas parecem perceber claramente que algo
sobrenatural está para sobrevir ao mundo. Essa expectativa abre as portas para
a crença no mundo espiritual; daí, então, a proliferação das seitas e heresias.
Não podemos cruzar os
braços e deixar que nossos parentes, amigos e vizinhos sejam enganados por
esses hereges aventureiros, que querem somente enganar o povo e tirar todo
proveito possível dessa credulidade.
Nós temos a mensagem de
liberdade e vida. Nós somos possuidores da palavra que edifica e prepara o
homem para a Eternidade. E para isso que somos chamados. Para alcançarmos o
mundo lá fora, precisamos nos organizar aqui dentro, somar esforços, elaborar estratégias,
mobilizar nosso povo para ganhar os pecadores para o Reino de Deus.
Precisamos pensar sobre o
trabalho que cada um de nós está realizando para a expansão do Reino de Cristo
na Terra. Estamos capacitados por Deus para arrancar almas das garras de Satanás,
trazendo-as para os pés de Jesus. Temos consciência de que esse não é um
trabalho fácil.
Não é com qualquer cantarola ou
bater de palmas, embalados por músicas de origem suspeita que conseguiremos
êxito. É preciso muito mais. As pessoas já estão acostumados a ver esse tipo de
movimento todos os dias. O mundo precisa ouvir uma mensagem que -. transforma,
que mostra o verdadeiro caminho para Deus: Cristo Jesus. Essa mensagem tem que
ser ministrada sob a real unção do Espírito Santo.
Em 1910, dois ungidos de Deus, vindos da Suécia,
começaram em Belém, no Estado do Pará, um grandioso trabalho que em pouco tempo
espalhou-se pelo Brasil inteiro. Hoje, em todas as partes do país, há uma
igreja organizada, fruto do trabalho de pessoas dedicadas e ungidas pelo Espírito
Santo. Ao folhearmos as-páginas da história das Assembleias de Deus no Brasil
verificamos que esse crescimento foi fruto do trabalho dos pioneiros mediante a
atuação dos dons espirituais.
A manifestação dos dons do
Espírito Santo estava presente no dia-a-dia dos missionários. A começar com o
batismo com o Espírito Santo. Todo - -novo crente era estimulado a buscar essa
bênção, como algo ,
indispensável, e que realmente é, para uma vida cristã
vitoriosa.
Só nos
quatros primeiros anos de trabalho
pioneiro no Brasil, 384 crentes receberam o batismo com Espírito Santo,
conforme relato de Gunnar Vigren
no "Diário do Pioneiro", um dos livros que contam
com detalhes o início das Assembleias de Deus no Brasil; outro livro igualmente
importante é "Enviado por Deus", de Daniel Berg, ambos publicados
pela CPAD.
Logo em seguida, na escala de
prioridades, estava a cura divina. São inumeráveis os fatos que ocorreram de
famílias inteiras aceitarem a Jesus como Salvador por causa de um de seus membros
ter sido curado de suas enfermidades.
O Senhor Jesus conta com o
nosso trabalho para que Sua Igreja continue crescendo. Como já dissemos, Ele
poderia ter escolhido os anjos e os comissionado para que fossem anunciadores
das boas-novas, coisa, que segundo o apóstolo Pedro, eles desejaram fazer (1Pe
1.12). Entretanto, escolheu-nos, pessoas limitadas e pecadoras, para que
fizéssemos tal tarefa. O importante é que tenhamos a unção do Espírito Santo e
que o Senhor coloque continuamente em nossa boca a Sua Palavra, que é viva e
eficaz.
A Igreja jamais poderá se descuidar do trabalho de evangelização, porque é o dever de cada cristão. Se há
alguma impossibilidade de se realizar algum trabalho durante a semana, porque
os membros da igreja trabalham, pelo menos aos domingos a oportunidade não pode
ser perdida.
Precisamos
mobilizar a igreja para espalhar a mensagem de Deus. Jesus ordenou que Sua
Igreja fosse por todo mundo e pregasse o Evangelho da salvação a todas as
criaturas (Mt 28.19).
Quando a Igreja se mobiliza,
surgem as dificuldades. Isso acontece porque Satanás procura impedir a pregação
do Evangelho, pois ele sabe que quando a Igreja se empenha, o inferno é
derrotado. Mas, quando cruzamos os braços e não realizamos a obra, o inferno
tira proveito da situação.
No livro de Êxodo, encontramos
um exemplo de como Satanás atua para impedir a
obra de Deus. Faraó, que é uma
figura do Diabo, tentava impedir que os hebreus se mobilizassem e saíssem da
terra do Egito para adorar o Senhor no deserto.
O rei do Egito procurava dobrar
as ocupações diárias do povo de Deus, para que eles não tivessem tempo sequer '
de pensar no assunto. Porém, Moisés mobilizou o povo e eles deixaram aquele
lugar de escravidão, partindo para a conquista da terra prometida.
O que estamos
fazendo? Será que estamos mobilizando o povo para a guerra? Será que estamos
trabalhando sem cessar ou simplesmente dando urna pequena parcela do nosso
tempo para Deus?
Há uma guerra contínua da
Igreja contra o pecado, contra o mundo e contra Satanás. O príncipe deste mundo
tenta de todas as maneiras ocupar o crente para que ele não se preocupe com o
trabalho de evangelismo, mas busque, em primeiro lugar, o seu próprio
interesse.
O obreiro de Deus
precisa estar atento para que outros assuntos tidos como normais do dia-a-dia
de uma igreja não interrompam a suprema tarefa da Igreja de Jesus Cristo na
Terra.
Somos muito propensos a dar
prioridade a questões administrativas da igreja em detrimento do trabalho de
resgatar almas do inferno. Essas coisas são importantes, mas a pregação do
Evangelho é prioridade.
Mobilizar, segundo os dicionários de português, significa
movimentar tropas para a guerra.
O exército dos salvos
precisa sair as
ruas e invadir o mundo,"! mostrando que
só Jesus Cristo salva. Há a necessidade do obreiro
trabalhar sem cessar para o engrandecimento do Reino de Deus na Terra.
Volto a mencionar a atuação dos
pioneiros das Assembleias de Deus
no Brasil, porque
eles foram usados por Deus com
um procedimento padrão para nós, os ' obreiros desta geração.
Eles não conseguiram esse êxito
que conhecemos hoje somente saindo de casa à noite para a igreja. Não, eles
saíam todos os dias de casa em casa, evangelizando, distribuindo Bíblias, orando
por enfermos etc.
Naquela época, eles tinham tudo
e todos contra eles e o trabalho que faziam. A população era hostil, perseguia
com grande furor os pioneiros; o sistema de transporte era o mais precário
possível.
Como se isso fosse pouco, ainda
havia a falta de dinheiro. , Mas, com todos esses obstáculos, a obra foi feita.
Conta-nos o pastor Ivar Vingren
no livro "Despertarnento Apostólico no Brasil" (CPAD) que,
"durante os primeiros três anos, o nosso irmão Daniel espalhou 2.000
Bíblias, 4.000 Novos
Testamentos e 6.000 evangelhos".
Comparemos as condições
desfavoráveis dos pioneiros e as nossas condições, hoje. Comparemos, também, o
que eles realizaram em pouco tempo e o que nós temos realizado.
Pelos recursos que temos hoje,
não resta dúvida que estamos aquém das nossas possibilidades.
Há a necessidade de uma mobilização
Naturalmente que essa mobilização
vai depender da conscientização que o obreiro tiver do seu trabalho. Se
realmente amamos a obra, encontraremos uma maneira de realizá-la. O Senhor
Jesus quer ver-nos trabalhando em prol da salvação de almas para o seu Reino.
Esse trabalho começa cedo. Jesus
disse que certo pai de família levantou cedo para conseguir trabalhadores para
a sua vinha. Saiu de madrugada. Naquele horário, alguém estava disposto a
trabalhar (Mt 20.2). Deus está procurando pessoas que estejam dispostas a fazer
a Sua obra, ainda que de madrugada.
O profeta Jeremias disse que
Deus começa a falar com o povo pela madrugada (Jr 6.13). Jesus disse que aquele
homem voltou novamente, agora por volta das 9h, e contratou mais trabalhadores
para sua vinha. Não estando satisfeito ainda com o número de pessoas que tinha
a seu serviço, retornou novamente às ruas e contratou outras mais.
Assim aconteceu ao meio-dia, às
15h e às 17h. A Bíblia diz que eles não escolheram tarefas. Foram contratados e
receberam a orientação do que deveriam fazer. Nada combinaram sobre pagamento.
Eles foram trabalhar confiados que aquele pai de família lhes pagaria o salário
justo.
Ao final do dia, aquele homem
chamou os trabalhadores e fez o pagamento. Todos eles, tanto o trabalhador
contratado na madrugada, quanto o que foi contratado ao final do dia, receberam
o salário pelo dia de trabalho (Mt 20.8). Aquele homem não fez discriminação do
trabalho realizado pelos vinhateiros, pagou a todos o mesmo salário. Deus
também não faz.
Por: PR.
José W. Bezerra da Costa
Fonte:
Jornal Mensageiro da Paz, julho de 2011
Divulgação: Subsídios EBD