Patmos era improdutiva, deserta
e rochosa. Uma perigosa armadilha para apóstolos aposentados. Mas foi nesse
local, que João recebeu o alerta final (O apocalipse).
Patmos faz parte do arquipélago
Dodecanese. Ela possui aproximadamente 10 milhas de extensão e 5 milhas de
largura. Estreita, tem o formato de um
ancoradouro aberto voltado para o leste.
Um local seguro para os navios aportarem durante as tempestades, mas impróprio
para o homem. Mas no primeiro século, era uma colônia penal usada pelos
romanos. Era o Alcatraz daqueles dias. Estar em Patmos era sentir-se na
Sibéria. Para cá vinham os criminosos políticos.
João
na ILHA (Ap 1.9)
João, irmão de Tiago, filho de
Zebedeu, um dos filhos do trovão. Um pescador da Galiléia. Um dos doze
discípulos. O autor do quarto evangelho e de três epístolas. O último apóstolo vivo.
O líder das igrejas asiáticas.
O
sofrimento de João na Ilha
O apóstolo labutava nas minas e
pedreiras de Patmos, pesar de seus noventa anos. Separado dos irmãos em Cristo,
não tendo comida suficiente, precariamente vestido, dormindo numa caverna fria,
escura e solitária. Estava sob o domínio de severos feitores. Seu crime: pregar
o evangelho de Jesus Cristo.
A
experiência de João na ilha
Inesperadamente, enquanto sofria
em Patmos, João é dominado pelo Espírito Santo. O apóstolo é levado ao mundo espiritual.
E difícil descrever o que aconteceu. Paulo teve uma experiência similar, e mesmo
ele não sabia se estava no corpo ou fora dele (2 Co 12.1-4). Dramaticamente,
João ultrapassa as dimensões celestes. É transportado sobrenaturalmente além de
seus sentidos naturais para receber uma revelação direta de Deus.
João ouve uma voz semelhante a trombeta
- penetrante, dominadora, constrangedora e brilhante. E a voz de Jesus Cristo.
Já haviam se passado mais de 65
anos desde que João a ouvira pela última vez, intimando-o a deixar a rede para
segui-lo. Depois, ouviu-a soar:”Está consumado!”
Agora, João ouve novamente aquela
voz! Desta vez, diferente. Ele não ouve o sussurro gentil do Servo do Senhor,
como o profeta anunciara: “Não clamará, não se exaltará nem fará ouvir a sua
voz na praça” (Is 42.2). Ao invés disto, ouve a forte e penetrante voz do
Cristo glorificado. E como o soar de poderosa trombeta.
João é instruído a escrever o
que vê. O alerta é para ser gravado nas Escrituras. Cristo, agora, delega a
João a incumbência de escrever o Apocalipse - o alerta final. Um alerta
endereçado a toda Igreja e a todo crente - do primeiro século ao retomo de
Cristo (Ap 1.11).
Em Patmos, João entrega o
pergaminho do Apocalipse aos sete mensageiros que cruzariam o Mar Egeu em
direção a Éfeso. Aí o entregariam ao pastor da igreja, que iria lê-lo, e
relatá-lo à congregação (Ap 1.3). Ele o copiaria antes que os mensageiros
partissem com o documento original para a próxima cidade (compare 22.18-19).
Desta forma, todas as igrejas receberiam integralmente o Apocalipse.
Conclusão
O fato fugiu a qualquer
expectativa. Deus usou João no momento mais inesperado. Ele já tinha 90 anos.
No lugar mais ímpar: Patmos. Durante a mais dura experiência; enquanto prisioneiro
de Roma. Da maneira mais extraordinária: escrever o Apocalipse.
Por: Steven J. Lawson –
Divulgação: Blog Subsídios ebd
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