São
muitas as dúvidas levantadas por falsas doutrinas contra a teologia arminiana,
especialmente as acusações feitas por teólogos de vertentes do determinismo
(Calvinismo). Entretanto, por maior que seja o nosso desejo responder a todas
as objeções, não podemos ir além daquilo que está escrito, do que nos foi
revelado em Cristo. Existem temas que realmente encontra-se no campo do
mistério, insondável (exemplo: a encarnação – Deus homem e a trindade).
OBJEÇÃO 1: Ao defender o livre-arbítrio a teologia arminiana atribui os
méritos da salvação ao homem.
RESPOSTA
Esta é
uma objeção muito comum e que por vezes é apresentada de outros modos como “a
morte de Cristo não salvou a ninguém efetivamente” ou “o centro da teologia
arminiana é o livre-arbítrio”. Tentaremos separar as questões quando necessário
e responder ponto a ponto, desfazendo os sofismas e as heresias decorrentes.
O
cerne da questão é: o fato de homem receber livremente uma dádiva que lhe é
oferecida faz dele merecedor desta dádiva? Ou ainda, o fato de tê-la recebido
transfere ao homem o mérito pelo bem oferecido? O receber a cura nos faz
merecedores dela? Ou por termos sido curados nos cabe repartimos o mérito que
pertence ao agente eficaz da cura?
Veremos
o que disse Jacabus Arminius:
“Para
explicar o assunto empregarei um símile, o qual eu confesso, ainda, é bastante
dissimilar; mas sua dissimilitude corrobora grandemente meu parecer. Um homem
rico concede, a um pobre e faminto mendigo, esmolas com as quais ele será capaz
de manter a sua família e a si mesmo. O fato de o mendigo estender suas mãos
para receber as esmolas faz com que elas deixem de ser um presente genuíno?
Pode-se dizer com propriedade que “as esmolas dependem parcialmente da
liberdade do Doador e parcialmente da liberdade do favorecido,” embora este
último não fosse receber as esmolas a menos que ele as tivesse recebido
estendendo sua mão? Pode ser corretamente afirmado que, pelo fato o pedinte
estar sempre preparado para receber, “ele pode receber as esmolas, ou pode não
recebê-las, conforme lhe aprouver?” Se tais asserções não podem ser verdadeiras
acerca de um pedinte que recebe esmolas, menos ainda podem ser verdadeiras tais
afirmações sobre o dom da fé, pois o recebimento do mesmo exige atos da Graça
Divina muito mais sobrepujantes”.[1]
Quem
morreu na cruz? Quem pagou o preço? Como pode ser o homem ser digno de honra ou
mérito pelo fato de ter recebido um presente de Deus? As acusações advindas
desta primeira objeção são nada mais que falsos dilemas.
“Ora,
àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas
segundo a dívida. Mas, àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o
ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça.” Rm 4.4-5
OBJEÇÃO 2: Se Cristo morreu por todos por que todos não são salvos?
RESPOSTA
Esta é
uma questão bastante antiga, elaborada pelo calvinista Jonh Owen no século
XVII. Ele acreditava ter uma lógica indestrutível e assim demonstrar a
veracidade das doutrinas da TULIP (Total depravação, incondicional eleição,
expiação limitada, graça irresistível e perseverança dos santos). Pretendia
apresentar uma fundamentação bíblica para a doutrina central do calvinismo,
isto é, a expiação limitada, que Cristo morreu somente(exclusivamente) por
alguns pré-selecionados incondicionalmente e assim refutar a doutrina de uma
expiação oferecida pelo mundo inteiro.
Vamos
à síntese dos argumentos apresentados por J. Owen:
“Colocando
o assunto desta maneira: ‘Cristo sofreu por todos os pecados de todos os
homens, ou por todos os pecados de alguns homens, ou por alguns pecados de
todos os homens’. Se a última afirmativa é verdadeira, então todos os homens
ainda têm alguns pecados, e, portanto, ninguém pode ser redimido.
Se a
primeira afirmativa é verdadeira, então por que não estão todos os homens
livres do pecado? Você poderá dizer: “Por causa da incredulidade deles.” Mas eu
pergunto: “Acaso a incredulidade é um pecado?” Se não é, por que todos os
homens são punidos por causa dela? Se é um pecado, então deve estar incluída
entre os pecados pelos quais Cristo morreu. Portanto, a primeira afirmativa não
pode ser verdadeira. Assim, é claro que a única possibilidade restante é que
Cristo levou sobre Si todos os pecados de alguns homens, os eleitos, somente.
Creio que este é o ensino da Bíblia.” [2]
Iremos,
para um melhor entendimento, separar os argumentos de Owen.
O que
muitos adeptos da teologia calvinista fazem, com relativa frequência, é
misturar vários temas, dificultando uma correta compreensão, ou induzindo o
raciocínio do leitor. Mas vamos separar as premissas e depois demonstrar o
porquê do equívoco desta objeção.
3.
“Cristo sofreu por todos os
pecados de todos os homens?”
Pelo menos é isto que a Bíblia declara:“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna.” Jo 3.16; “E tudo isto provém de Deus,
que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da
reconciliação; Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não
lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.” 2
Co 5.18-19; “Vemos, porém, coroado de glória e de honra
aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão
da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos.” Hb
2.9; “E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos
nossos, mas também pelos de todo o mundo.” 1Jo 2.2;
Entre
a interpretação calvinista e o que a Bíblia declara com muita clareza,
preferimos ficar do lado das Escrituras;
3.
“Cristo morreu por todos os pecados de
alguns homens?”
Sim e não, No aspecto efetivo da expiação
SIM, e mais adiante explicaremos. Sim, visto que Cristo lavou (definitivamente)
somente os pecados daqueles que creram e crerão ainda. Jo 3.15-16 e 36; 6.47;
Rm 3.22; E não nos sentidos provisional e representativo, porque Deus proveu um
sacrifício em favor da humanidade e lhes deu um representante 100% puro e
digno. Em outras palavra, Deus proveu um representante para toda a raça humana
e não apenas para alguns homens (pré-selecionados).
4.
“ou (Cristo morreu) por alguns pecados
de todos os homens?”
Esta hipótese é absurda e deste modo dispensa
pormenorizações;
5.
Por fim a confusão lógica da conclusão daquele
autor “Se a primeira afirmativa é verdadeira, então por que não estão
todos os homens livres do pecado?
Você poderá dizer: “Por causa da
incredulidade deles.” Mas eu pergunto: “Acaso a incredulidade é um pecado?”
Se não é, por que todos os homens são punidos por causa dela? Se é um pecado,
então deve estar incluída entre os pecados pelos quais Cristo morreu. Portanto,
a primeira afirmativa não pode ser verdadeira. Assim, é claro que a única
possibilidade restante é que Cristo levou sobre Si todos os pecados de alguns
homens, os eleitos, somente. Creio que este é o ensino da Bíblia.”
O J.
Owen contemplou a precisa resposta para a sua própria indagação “por que todos
não são salvos?”, a resposta é óbvia “Por causa da incredulidade deles”, então
segue a pergunta “Acaso a incredulidade é um pecado?” E
aqui temos um dos vários problemas do enunciado. O escritor do movimento
puritano apresenta um conceito defectivo sobre o que vem ser o pecado e mais
especificamente o “pecado original”. Vejamos o que diz Myer Pearlman:
“O
pecado é tanto um ato quanto um estado. Com a rebelião contra a lei de Deus é
um ato da vontade do homem, também a separação de Deus vem a ser um estado
pecaminoso.” [3]
Como
bem asseverou Pearlman existem duas consequências do pecado, realidades: O
estado pecaminoso de todos os homens (Gn 2.17; Gn 6.5; Gn 8.21; 1Rs 8.46; Jó
14.4; Sl 51.5; Sl 58.3; Ec 7.20; Is 64.6; Rm 3.10-11; Rm 5.12; Rm 7.18, 23; Rm
8.7;1Co 2.14; Ef 2.3); e a inevitável propensão para o ato do pecado, isto é o
pecado em sentido estrito, o cometer pecado. “Eis que todas as almas são
minhas; como o é a alma do pai, assim também a alma do filho é minha: a
alma que pecar, essa morrerá. […]A alma que pecar, essa morrerá;
o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai levará a iniqüidade do filho.
A justiça do justo ficará sobre ele e a impiedade do ímpio cairá sobre ele.” Ez
18.4 e 20 “Naqueles dias nunca mais dirão: Os pais
comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram. Mas cada um
morrerá pela sua iniqüidade; de todo o homem que comer as uvas verdes os
dentes se embotarão.” Jr 31.29-30
Todos
nascemos separados de Deus em um estado de rebelião e com a nossa natureza
corrompida, isto é uma coisa, um aspecto resultante do pecado de Adão, outra
coisa é cometer o pecado, um ato voluntário e individual.
Voltando
a questão do Owen, “Acaso a incredulidade é um pecado? Sim,
mas no sentido de um estado do pecado e que só pode ser removido pela fé no
sangue de Jesus (Rm 3.25; Cl 1.20; I Jo 2.2 e 4.10), mas não no sentido de um
ato cometido. A expiação promovida na Cruz expia os nossos pecados cometidos
(atos pecaminosos) nos livrando da penalidade consequente e, pela fé, nos
reconcilia com Deus, nos fazendo novas criaturas, matando na cruz a antiga
natureza pecaminosa, isto é, (e ainda) removendo o
estado do pecado, a separação de Deus, nos reconciliando consigo mesmo por meio
de Jesus Cristo. I Co 5.17-20.
Assim
expusemos um dos erros da questão proposta, o autor puritano mistura o conceito
de pecado (ato pecaminoso) com o estado de pecado.
Cristo
morreu para que os nossos atos pecaminosos fossem perdoados na Cruz e para
remover a separação de Deus, são duas consequências da expiação, mas são
realidades distintas. A incredulidade é um estado e não um ato e este estado só
pode ser mudado pela ação do Espírito Santo, no gerar de uma nova natureza
naquele que crê em Jesus Cristo.
A
remoção do estado pecaminoso, isto é da separação de Deus, e a nossa
reconciliação individual (2Co 5.18-20) acontece no tempo em que cremos em
Jesus, deste modo ainda que a expiação de Cristo seja oferecida por todos os
pecados cometidos (atos pecaminosos) de todos os homens, justiça que nos é
imputada pela fé, o estado pecaminoso só é removido pelo Espírito, mediante a
fé. Ef. 2.8. Não temos o poder de nos fazer filhos ou nos reconciliar com Ele,
mas pela fé Deus nos dá esta oportunidade, de sermos feitos filhos de Deus. Jo
1.12.
Outro
erro da objeção é a não diferenciação entre proposta/escopo do sacrifício e a
sua obra efetiva. Quando o sacrifício de Cristo é proposto é feito pelo mundo
todo, como deixam claro os textos que acima citamos e vai até mesmo (em
alcance) além do homem, atingindo a redenção da criação (Rm 8.22-24), os céus,
a Terra e tudo que existe. (Cl 1.15-20). O exclusivismo expiatório, direito a
salvação, era um pensamento comum nos dias de Jesus presente na seita dos
fariseus. Mas não era assim no início, por exemplo, a amplitude dos sacrifícios
oferecidos por Israel, no que tange aos estrangeiros residentes em Israel. Nm
15.14; “Dize-lhes, pois: Qualquer homem da casa de
Israel, ou dos estrangeiros que peregrinam entre vós, que oferecer
holocausto ou sacrifício,
E não o trouxer à porta da tenda da congregação, para oferecê-lo ao Senhor, esse homem será extirpado do seu povo.” Lv 17.8-9.
E não o trouxer à porta da tenda da congregação, para oferecê-lo ao Senhor, esse homem será extirpado do seu povo.” Lv 17.8-9.
Um
sacrifício poderia ser oferecido em favor de qualquer homem, natural de Israel
ou estrangeiro, mas só gozavam das bênçãos da expiação aqueles que do rito
participavam (de algum modo) e/ou somente aqueles que criam. Havia ainda
expiação realizada por todo o povo, mas é claro que só desfrutavam da comunhão
com Deus, ainda que se oferecesse sacrifício por todos, aqueles que criam nas promessas e que eram
obedientes a Deus.
“E
disse Moisés a Arão: Chega-te ao altar, e faze a tua expiação de pecado e o teu
holocausto; e faze expiação por ti e pelo povo; depois faze a
oferta do povo, e faze expiação por eles, como ordenou o Senhor.” Lv
9.7; “Que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada
dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois
pelos do povo; porque isto fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo.” Hb
7.27 Não há diferenças para o recebimento dos benefícios da expiação, não
importa, de fato, se natural de Israel ou estrangeiro, mas depende da fé, o Ap.
Paulo explica:“Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a
que o é exteriormente na carne. Mas é judeu o que o é no interior, e
circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra; cujo louvor não
provém dos homens, mas de Deus.” Rm 2.28-29
Deste
modo, semelhantemente, o sacrifício de Cristo é oferecido provisionalmente pelo
mundo todo e de maneira efetiva (bênçãos efetivas) por aqueles que creem no
sacrifício substitutivo e pela fé lhe são imputados os benefícios. Esta é a
verdade das Escrituras.
OBJEÇÃO 3: Se Cristo morreu por todos então ele não morreu por ninguém
efetivamente?
RESPOSTA: Este
argumento é um dos mais utilizados por teólogos calvinistas de todas as
vertentes, vejamos como é apresentada esta questão:
Packer: “A morte de Cristo não garantiu a salvação para ninguém, pois não
garantiu o dom da fé para ninguém (e nem mesmo existe tal dom); o que ela fez
foi criar a possibilidade de salvação para todo aquele que crê.” [4]
Anglada:
“Outro item da representação arminiana dizia respeito à doutrina da
expiação. As Escrituras afirmam que Cristo nos resgatou do pecado morrendo na
cruz em nosso lugar, o justo pelo injusto. Pois bem, por quem Cristo morreu? O
arminiano crê na expiação geral, na redenção universal, ou seja, que Cristo
morreu na cruz por todos os seres humanos indistintamente. Ele crê que a
expiação de Cristo não foi individual, mas sim potencial. Cristo não morreu na
cruz em substituição a cada um dos eleitos individualmente, e sim de modo
geral, por toda a raça humana, permitindo, assim, que Deus perdoasse os pecados
daqueles que viessem a crer nele. Desse modo, a doutrina arminiana da expiação
apenas tornou possível a salvação de todos, mas não assegurou a
salvação de ninguém.” [5]
Acredito
que a explicações dos pontos anteriores nos auxiliam a responder os demais,
porque todas as objeções orbitam o conceito da expiação limitada, que é o cerne
da doutrina calvinista, quando buscam provar que Cristo teria morrido apenas
por alguns.
Mais
uma vez aqui, por Packer e Anglada, comete-se um erro semelhante ao do item
anterior, questões levantadas por J. Owen. Tenho dito aos meus amigos e
conhecidos, adeptos da teologia calvinista, especialmente os que adotam as
doutrinas da TULIP, que além de logicamente apresentar erros claros em seus
pontos centrais U-L-I, o calvinismo é uma teologia
rasa que busca uma linearidade nas coisas espirituais. Mostraremos
um dos porquês. Vejamos o que Cristo fez na cruz por nós, nas palavras de
Stott, aspectos do sacrifício de Cristo.
“É
nesse aspecto que a morte de Jesus deve ser corretamente chamada de “representativa”
como também “substitutiva”. O “substituto” é aquele que age no lugar de
outro de tal modo que torne desnecessária a ação desse outro. O “representante”
é aquele que age em favor de outro, de tal modo que envolva esse outro em sua
ação. […] Da mesma forma, como nosso substituto, Cristo fez por nós o que não
poderíamos fazer por nós mesmos: levou o nosso pecado e o nosso juízo. Mas,
como nosso representante ele fez o que nós, estando unidos a ele, também
fizemos: nós morremos e ressurgimos com ele.” [6]
Como
dissemos, a teologia calvinista é rasa e se prende apenas ao aspecto efetivo da
expiação, isto é, a substituição no aspecto penal (somente). Entretanto, ver a
expiação exclusivamente deste modo só pode levar ao erro, temos pelo menos 4
(quatro) aspectos que devem ser analisados, dois deles citados acima, o substitutivo e o representativo, e ainda o provisional e o efetivo.
Cristo,
em um sacrifício atemporal, considerando o seu exaustivo conhecimento de todas
as coisas(presciência), externo e superior ao espaço-tempo, substitui efetivamente todos aqueles que nele creem, creram
e crerão (presente, passado e futuro), “E cantavam um novo cântico,
dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste
morto, e com o teu sangue nos compraste para Deus de toda a tribo, e língua, e
povo, e nação; E para o nosso Deus nos fizeste reis e sacerdotes; e reinaremos
sobre a terra.” Ap 5.9-10, isto é, para que todo aquele que
nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Entretanto,
em seu aspecto provisional o sacrifício é oferecido
em favor de toda humanidade, por todos e para todos, como dizem as Escrituras.
Jo 3.16 e 1 Jo 2.2
Como nosso substituto, Cristo substitui (ao final de todas
as coisas) todos aqueles que ao longo da existência humana vieram a crer, mas
como nosso representante Ele é aquele que representa a
humanidade, que restaura a aliança entre Deus e os homens, o que reconcilia
consigo todas as coisas, o que traz ordem à existência e é a razão da paciência
de Deus com todos os homens.
“Mas
Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os
homens, e em todo o lugar, que se arrependam; Porquanto tem determinado um dia
em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e
disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos.” At
17.30-31 “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por
tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão
que todos venham a arrepender-se.” 2 Pe 3.9
Os
deterministas veem e se prendem apenas ao aspecto efetivo (naqueles que creem),
considerando a expiação como uma força mecânica em favor de indivíduos
pré-selecionados, enquanto as Escrituras demonstram, tanto no AT quanto no NT,
que a vontade de Deus é que ninguém se perca (1 Tm 2.4-6) e que Ele não tem
prazer na morte do ímpio (Ez 18.23-24), desejando (sinceramente) a salvação de
todos. A cruz é liberdade para os que creem e juízo sobre a incredulidade, mas
isto é tema para outro estudo.
OBJEÇÃO 4: Acusação de duplo pagamento pelo pecado, isto é, um pagamento
efetuado por Cristo e outro pelo ímpio que recebe condenação.
RESPOSTA
Os
calvinistas consideram que esta objeção não pode ser respondida ou que ela é de
uma lógica inescapável, mas consideramos que a falta de visão e de
perspectivas, isto é, a corrente mental provocada pela ênfase nas doutrinas da
TULIP, é que faz o calvinista chegar a este pensamento, a uma exegese mal feita
dos textos claros em que a Bíblia diz (não sugere, mas diz) que Cristo morreu
pelo mundo.
Vamos
aos textos.
Anglada: “Aqueles por quem a expiação foi cumprida, por causa da sua
natureza penal e substitutiva, não podem sofrer a punição eterna. Deus não
exige um duplo pagamento do pecado. Ele não pune os mesmos pecados duas
vezes. Ele não pode punir alguém pelos pecados, se as exigências da lei quanto
a esses pecados já forem cumpridas. Portanto, a doutrina da expiação
particular é uma conseqüência necessária da doutrina da substituição penal. A
teoria do governo moral foi desenvolvida exatamente para evitar esta conclusão. Ao
negar a doutrina da expiação penal e substitutiva, a natureza da expiação é
enfraquecida pelos arminianos, que querem evitar a conclusão Calvinista.” [7]
Sproul: “O arminianismo tem uma oferta que é limitada em valor. Não cobre
o pecado dos incrédulos. Se Jesus morreu por todos os pecados de todos os
homens, se Ele expiou todos os nossos pecados e propiciou todos os nossos
pecados, então todos seriam salvos. Uma oferta potencial não é uma
oferta verdadeira. Jesus realmente fez oferta pelos pecados de suas ovelhas. O
maior problema com a expiação definida ou limitada é encontrado nas passagens
que as Escrituras usam referentes à morte de Cristo “por todos” ou pelo “mundo
todo”. O mundo por quem Cristo morreu não pode significar a família humana
inteira. Deve referir-se a universalidade dos eleitos (povo de todas as tribos
e nações), ou a inclusão dos gentios em acréscimo ao mundo dos judeus. Foi um
judeu que escreveu que Jesus não morreu meramente por nossos pecados, mas pelos
pecados do mundo todo. Será que a palavra nossos refere-se aos crentes ou aos
judeus crentes? Precisamos nos lembrar de que um dos pontos cardeais do Novo
Testamento refere-se à inclusão dos gentios no plano da salvação de Deus. A
salvação era dos judeus, mas não restrita aos judeus. Onde quer que seja dito
que Cristo morreu por todos, algum limite precisa ser acrescentado, ou
a conclusão teria de ser o universalismo ou a mera expiacão potencial.
[…]Nunca
houve a menor possibilidade de que Cristo pudesse ter morrido em vão. Se
o homem está verdadeiramente morto no pecado e preso ao pecado, uma
mera expiação potencial ou condicional não somente pode ter acabado em
fracasso, como muito certamente teria acabado em fracasso. Os arminianos não
têm razão verdadeira para crer que Jesus não morreu em vão. São
deixados com um Cristo que tentou salvar a todos, mas na realidade não salvou
ninguém.” [8]
Os
calvinistas misturam tantas questões provocando uma confusão mental nos
leitores, mas vamos separar os principais argumentos desta objeção.
1.
Ele não pune os mesmos pecados duas
vezes. Ele não pode punir alguém pelos pecados, se as exigências da lei quanto
a esses pecados já forem cumpridas.
A
superficialidade desta doutrina, no aspecto cristocêntrico, acarreta estes
equívocos. Teólogos calvinistas, pelos excertos acima, tratam a condenação do
ímpio como um pagamento (transação comercial/pecúnia) pelo pecado ou como uma
condenação que “paga” pecados, comparando o estado de condenação com o
pagamento (expiação) pelo pecado promovido por Cristo.
Algo
claro nas Escrituras é que Deus decidiu soberanamente perdoar os pecados
daqueles que creem imputando-lhes a justiça de Deus pela fé (Rm 1.17). Só existe
um sacrifício pelos pecados. “Porque, se pecarmos
voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não
resta mais sacrifício pelos pecados, Mas uma
certa expectação horrível de juízo, e ardor de fogo, que há de devorar os adversários.”
Hb 10.26-27
Deste
modo, quando alguém (algum homem) é condenado ao inferno ele não vai pagar
(porque não tem como ser pago) os seus pecados, não existe um purgatório, o
inferno não é isto, o que ocorre é que o estado de pecado (separação de Deus)
se torna perene e assim o homem é privado do supremo bem por toda a eternidade.
Só
há um pagamento pelos pecados, tudo o que o homem
recebe é a retribuição por seus próprios erros, sofre as consequências do erro
e do estado pecaminoso. Mas nenhum homem, nem nesta vida e nem na posterior,
pode pagar (expiar) ou paga pecados, ou nos rendemos e aceitamos o perdão de
Deus e a remissão em Cristo ou arcaremos com as consequências da desobediência.
1.
“se Ele expiou todos os nossos pecados
e propiciou todos os nossos pecados, então todos seriam salvos”.
As
promessas são para aqueles que creem, recebemos os benefícios, os méritos de
Cristo pela fé. “Assim como Abraão creu em Deus, e isso
lhe foi imputado como justiça.” Gl 3.6 “Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão a Deus, e isso lhe
foi imputado como justiça.” Rm 4.3”E cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e
foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus.”Tg 2.23
Recebemos
a reconciliação quando cremos e só a partir de então ela se torna efetiva
individualmente. Jesus Cristo foi sacrificado como uma oferta atemporal e é isto que confunde os deterministas,
a atemporalidade da expiação. O fato de Cristo saber todas as coisas, referente
àqueles que crerão, não é a causa necessária delas.
Analisando
a posição contrária, isto é, por que Deus salva incondicionalmente apenas
alguns pré-escolhidos e não a todos? Em “Eleitos de Deus” o calvinista Sproul
admite não ter resposta para a pergunta “porque Deus, se a graça é
irresistível, não salva a todos?”, vejamos o que ele diz:
“Por
que Deus somente salva alguns? Se nós admitimos que Deus pode salvar os homens
violentando suas vontades, por que então Ele não violenta a vontade de todos e
traz todos a salvação? (Estou usando aqui a palavra violentar não porque eu
realmente pense que exista uma violentação errada, mas porque os não
calvinistas insistem no termo.) A única resposta que eu posso dar a esta
pergunta é que eu não sei. Não tenho idéia por que Deus salva
alguns e não todos.
Não
duvido por um momento que Deus tenha o poder de salvar todos, mas eu sei que
Ele não escolhe salvar todos. Realmente não sei por quê.” [9]
É
muito claro o fato de que a própria indagação constitui um argumento contrário
aos calvinistas, porque a doutrina da expiação limita desfigura o caráter
santo, justo e amoroso de Deus, deste modo é melhor abraçar o mistério ou ainda
ser sincero como foi R. C. Sproul neste ponto. Por outro lado a teologia arminiana
oferece respostas a quase todas as questões cruciais da fé Cristã, até pela sua
longa trajetória de grandes nomes defendendo as doutrinas da graça (livre). Os
objetores calvinistas esperam que os seus adeptos aceitem irracionalidades sem
questionamentos ou mesmo que aceitem impossibilidades lógicas.
1.
“Nunca houve a menor possibilidade de
que Cristo pudesse ter morrido em vão.”
Pense
conosco: Se qualquer homem, ser racional e finito, pudesse ter por um momento
um conhecimento exaustivo (presciente) sobre dado assunto ou questão, como por
exemplo, antevisse todos os resultados de todos os jogos do campeonato
brasileiro de clubes de futebol deste ano. Seria possível tal homem errar um
resultado sobre o campeonato ou apostar errado na loteria esportiva, a menos
que quisesse?
Então
como Deus, conhecendo tudo e todas as coisas exaustivamente pode perder de
algum modo? (Entretanto Deus não faz apostas, é somente para fins de
comparação). Como pode ter sua vontade ou desejo frustrado? Como, de algum
modo, pode ser contrariado em seu prévio conhecimento? Não há como.
Jesus
sabia exatamente por quem e por quantos (aspecto efetivo da expiação) estava
morrendo por conhecer de antemão todas as coisas, mas o conhecimento prévio não
é a causa motora ou necessária dos acontecimentos, o que demonstraremos no
próximo item,
1.
“.., Cristo que tentou salvar a todos,
mas na realidade não salvou ninguém”.
Este
argumento sugere que “efetivamente”, dado o aspecto provisional da expiação,
Cristo não salvou a ninguém em particular, nem garantiu salvação a ninguém.
Mais
uma vez podemos perceber que o aspecto atemporal da expiação não é compreendido
pelo calvinista. Consideremos assim, se a história da humanidade tivesse sido
concluída pouco após a ascensão de Cristo aos céus, isto é, por exemplo, como
os tessalonicenses acreditavam que a volta seria muito breve, e logo tivéssemos
a ressurreição e o juízo, deste modo todos os Apóstolos e crentes da época
seriam os efetivamente salvos. Voltando um pouco mais ainda, se o mundo
acabasse no dia da ressurreição, todos os que creram nas promessas (os
profetas, os patriarcas e todos os que foram fies a Deus antes de Cristo) foram
efetivamente salvos em sua morte e ressurreição. Assim o argumento do teólogo
calvinista cai por terra, porque o sacrifício de Cristo foi efetivo para
aqueles que creram nas promessas, para os que creram em Cristo naquela época e
para todos os que crerão.
O que
devemos fazer é dar uma aplicação atemporal do sacrifício, assim como aplicamos
àqueles que foram antes de Cristo, morreram crendo nas promessas, foram
efetivamente salvos na cruz, os que crerão depois (e Deus já os conhece) também
o foram (de certo modo), naquele dia.
OBJEÇÃO
5: Impossibilidade de harmonizar presciência de liberdade de escolha.
Lutero,
no início de suas descobertas teológicas, objetou a Erasmo de Roterdão quanto o
livre-arbítrio e questionou o conceito de presciência, conforme abaixo segue:
“Porém,
quando Deus prevê alguma coisa, ela acontece porque Ele assim previra. Se você
não aceita isso, mina todas as ameaças e promessas de Deus. Você nega o próprio
Deus. […]se tentarmos provar tanto a presciência de Deus como o livre-arbítrio
humano, ao mesmo tempo, teremos problemas – é como tentar demonstrar que certo
algarismo é, ao mesmo tempo, um nove e um dez.” [10]
O que
Erasmo havia dito? Vejamos:
“(os
patrísticos) Eles explicam satisfatoriamente a dificuldade
referente à presciência dizendo que ela não impõe uma necessidade à nossa
vontade – mas, ao meu ver, ninguém faz isso melhor do que Laurêncio Valla. Com
efeito, a presciência não é a causa das coisas que acontecem, pois sucede que
temos presciência de muitas coisas que não acontecem porque as conhecemos
previamente, mas, muito antes, nós as conhecemos previamente por estarem para
acontecer. Assim sendo, o eclipse solar não acontece porque os astrólogos
predizem a sua ocorrência, mas eles predizem a sua ocorrência porque ele certamente
aconteceria. Em contra partida, a questão da vontade e da determinação de Deus
é mais difícil.” [11]
Fazendo
como Erasmo, digo que a melhor (mais clara) explicação que encontrei foi a do
Dr. R. Picirilli, que abaixo segue:
“Primeiramente, devemos
distinguir entre certeza, contingência e necessidade. A “necessidade”
precisa ser como é por razões de causa e efeito. A “contingência” realmente
pode ser tanto de uma maneira como de outra (ou múltiplas). Não é obrigatório
ser como é, mesmo que seja assim. Qualquer decisão livre encontra-se nesta
categoria. A “certeza”, no entanto, é o que foi ou é ou será: isto é, um
simples fato.
Nota:
todos os acontecimentos são certezas (fatos). Alguns acontecimentos são tanto
certezas quanto necessidades: as leis da física, por exemplo. Por outro lado,
alguns acontecimentos são tanto certezas quanto contingências: se os Flames[time
universitário de futebol americano] perderem seu próximo
jogo, é certo que perderão (mas somente se perderem), mas o fato de ganharem ou
perderem é contingente, dependendo de como eles e a outra equipe jogarem, como
o jogo for apitado, etc. No entanto, nenhum acontecimento é contingente e
necessário ao mesmo tempo. Todos nós cremos que realmente existem decisões que
são contingentes. Podemos realmente escolher fazer de uma maneira ou de outra
em muitos tipos diferentes de situações, sejam bobas ou importantes, morais ou
não morais. Apesar de Deus saber qual será nossa decisão, seu conhecimento não
causa a escolha. Ele conhece as escolhas que faremos somente se realmente
fizermos estas escolhas. Ele pode conhecer algo de antemão sem fechar a porta a
outras possibilidades.
A
comparação do conhecimento de Deus à nossa pode ajudar. Apesar de não podermos
conhecer o futuro, podemos conhecer o passado. Por exemplo, eu sei qual foi o
terno que vesti hoje pela manhã. Era obrigatório que eu usasse aquele terno?
Poderia ter escolhido outro? Claro. É certeza que escolhi este terno? Sim.
Ninguém diria que como eu sei que é certo que estou vestindo este terno eu não
poderia ter usado outro senão eu estaria enganado! Se eu tivesse vestido outro
terno, saberia agora que certamente vesti o outro.
Da
mesma forma, o conhecimento de Deus de um acontecimento futuro não é a causa do
fato e nem significa que o fato necessariamente tem que ser como será. Ele sabe
que os Estados Unidos irão à guerra contra o Iraque somente se, de fato, isto
for acontecer. Quando contingências estão envolvidas, decisões livres serão
tomadas pelas pessoas quando vier o momento. O conhecimento de antemão de Deus
não as causa nem elimina outras possibilidades da mesma forma que o meu
conhecimento do passado não causou o acontecimento e nem limitou suas
possibilidades. Ele conhece qual a escolha que farei somente se eu fizer a
escolha.” [12]
Conforme
a exposição acima, a questão que nos resta, e que como já explicamos, é a
questão da atemporalidade de Deus e de seu sacrifício, isto é, enquanto ação e
propósito. Embora Deus saiba quem são os que serão redimidos e ainda todos os
nossos atos, o prévio conhecimento não é a causa dos eventos, mas os eventos
ocorrem como previamente conhecidos.
OBJEÇÃO 6: Como pode ser o homem livre se Deus conhece exaustivamente o
seu futuro?
O
homem é livre em seu cotidiano para agir e escolher conforme a sua necessidade,
como bem explicou o Dr. Picirilli, a presciência não é a causa do fato, senão,
inevitavelmente todos os atos de pecado seriam atribuídos a Deus, o que deve
ser sempre rejeitado.
De
regra as falsas teologias confundem certeza com necessidade. Do ponto de vista
de Deus todos os fatos são certos, isto é, ocorrem com certeza, mas não
necessários, por exemplo as nossas escolhas diárias, tratam-se de atos
contingenciais, podem ser efetuados de um modo ou doutro. Deus sabe, desde
antes da fundação do mundo, desde a propositura do sacrifício de Jesus nos
tempos eternos, quem e quantos seriam remidos por este sacrifício (Jo 17. 24;
Ef 1.4; 1 Pe 1.20), mas as escolhas temporais dos homens foram efetuadas por
eles mesmos. Cada um dará conta de si mesmo. Rm 14.12.
Espero
ter ajudado a esclarecer os pontos e os erros da heresia determinista,
demonstrando que uma pergunta mal formulada ou ainda palavras utilizados sem o
correto significado não podem resultar em respostas satisfatórias, entretanto,
pondo cada assunto em seu devido lugar, de acordo com a sua importância e ordem
temática, é possível explicar e responder à todas as objeções contra a sã
doutrina ou contra as doutrinas da Graça. [13]
Fonte:
[1] OLSON, Roger. Teologia
Arminiana – Mitos e Realidade. Tradução: Welligton Carvalho Mariano. São Paulo:
Editora Reflexão, 2013. p. 214.
[2] OWEN, Jonh. Por quem Cristo morreu?. Tradução: Sylvia E. de Oliveira. 3ª Ed. São Paulo: Editora PES, 2011. p. 23-24.
[3] PEARLMAN, Myer. Conhecendo as Doutrinas Bíblicas. Tradução: Lawrence Olson. São Paulo: Editora Vida, 2009. p. 140.
[4] PACKER, J. I. O Antigo Evangelho. Tradução: João Bentes. São José dos Campos-SP: Editora Fiel, 2013. p. 12.
[5] ANGLADA, Paulo. As Antigas Doutrinas da Graça. Ananindeua-PA: Knox Publicações, 2009. p. 18.
[6] STOTT, Jonh. A Cruz de Cristo. Tradução: João Batista. São Paulo: Editora Vida, 2006. p. 280.
[7] MYATT, Alan.; FERREIRA, Franklin. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: Vida Nova, 2002. p. 193.
[8] SPROUL, R. C. Eleitos de Deus. Tradução: Gilberto Carvalho Cury. São Paulo: Cultura Cristã, 2002. pp. 193-194.
[9] Ibid. p. 26.
[10] LUTERO, Martinho. Nascido Escravo. Tradução: Tiago J. Santos Filho. São José dos Campos – SP: Editora Fiel, 2014. pp. 77-78.
[11] ERASMO, de Roterdã. Livre-arbítrio e Salvação.Tradução: Nélio Schneider. São Paulo: Editora Reflexão. 2014. p. 108.
[12] PICIRILLI, Robert. Palestras Leroy Forlines no Free Will Baptist Bible College, 19-22 de novembro de 2002. Disponível em : <www.globaltrainingresources.net/zip.php?id=44 /> Acesso 02/05/2013.
[13] Todas as citações bíblicas utilizadas são da versão J. F.A Corrigida e Revisada Fiel.
[2] OWEN, Jonh. Por quem Cristo morreu?. Tradução: Sylvia E. de Oliveira. 3ª Ed. São Paulo: Editora PES, 2011. p. 23-24.
[3] PEARLMAN, Myer. Conhecendo as Doutrinas Bíblicas. Tradução: Lawrence Olson. São Paulo: Editora Vida, 2009. p. 140.
[4] PACKER, J. I. O Antigo Evangelho. Tradução: João Bentes. São José dos Campos-SP: Editora Fiel, 2013. p. 12.
[5] ANGLADA, Paulo. As Antigas Doutrinas da Graça. Ananindeua-PA: Knox Publicações, 2009. p. 18.
[6] STOTT, Jonh. A Cruz de Cristo. Tradução: João Batista. São Paulo: Editora Vida, 2006. p. 280.
[7] MYATT, Alan.; FERREIRA, Franklin. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: Vida Nova, 2002. p. 193.
[8] SPROUL, R. C. Eleitos de Deus. Tradução: Gilberto Carvalho Cury. São Paulo: Cultura Cristã, 2002. pp. 193-194.
[9] Ibid. p. 26.
[10] LUTERO, Martinho. Nascido Escravo. Tradução: Tiago J. Santos Filho. São José dos Campos – SP: Editora Fiel, 2014. pp. 77-78.
[11] ERASMO, de Roterdã. Livre-arbítrio e Salvação.Tradução: Nélio Schneider. São Paulo: Editora Reflexão. 2014. p. 108.
[12] PICIRILLI, Robert. Palestras Leroy Forlines no Free Will Baptist Bible College, 19-22 de novembro de 2002. Disponível em : <www.globaltrainingresources.net/zip.php?id=44 /> Acesso 02/05/2013.
[13] Todas as citações bíblicas utilizadas são da versão J. F.A Corrigida e Revisada Fiel.
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