A graça Divina - Subsídios Dominical

DICAS:

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A graça Divina

O conceito de graça é multiforme e sujeito a desdobramentos nas Escrituras, No Antigo Testamento, hen, “favor”, é o favor imerecido de um superior a um subalterno.

No caso de Deus e do homem, hen é demonstrado por meio de bênçãos temporais, embora também o seja por meio de bênçãos espirituais e livramentos, tanto no sentido físico quanto no espiritual (Jr 31,2; Êx 33.19).

Hesed, “benevolência”, é a firme benevolência expressada entre as pessoas que estão relacionadas, e particularmente em alianças nas quais Deus entrou com seu povo e nas quais sua kesed foi firmemente garantida (2 Sm 7.15; Êx 20.6).


Graça na Literatura Grega

Na literatura grega a palavra charis tinha os seguintes significados:

(1) Era usada para aquilo que causara atração, tal como a graça
na aparência ou na fala.
(2) Era usada quanto à consideração favorável sentida em relação
a uma pessoa.
(3) Era usada quanto a um favor.
(4) Era usada para significar gratidão.

O uso da palavra Graça

Era usada adverbialmente em frases como: “Por amor a alguma coisa”, charin tinos.

Mas foi somente com a vinda de Cristo que a graça assumiu seu significado pleno. O seu auto-sacrifício é a graça propriamente dita (2 Co 8,9).

Esta graça é absolutamente gratuita (Rm 6.14; 5.15-18; Ef 1.7; 2.8,9). Quando recebida pelo crente, ela governa sua vida espiritual compondo favor sobre favor. Ela capacita, fortalece e controla todas as fases da vida (2 Co 8.6,7; Cl 4.6; 2 Ts 2.16; 2 Tm 2,1). Consequentemente, o cristão dá graças (charis) a Deus pelas riquezas da graça em seu dom inefável (2 Co 9.15).

Paulo e a Graça Divina

O apóstolo Paulo foi o principal instrumento humano para transmitir o pleno significado da graça em Cristo. O NT oferece a graça a todos, ao contrário do AT, que geralmente restringia a oferta da graça ao povo eleito de Deus, Israel.

A graça em sua mais completa definição é o favor imerecido de Deus ao nos dar seu Filho, que oferece a salvação a todos, e dá àqueles que o recebem como Salvador pessoal uma graça acrescentada para esta vida e uma esperança para o futuro.

Para desfrutar a graça

A graça soberana não é uma exibição arbitrária da graça de Deus. A fim de recebê-la, o homem deve crer.

A fim de desfrutá-la, o crente deve ser obediente. A graça provê a justificação (Rm 3.24), a capacitação (Cl 1.29), uma nova posição (1 Pe 2.5,9), e uma herança (Ef 1.3,14).

Pelo menos três motivos são indicados no Novo Testamento quanto à razão pela qual Deus age com graça, especialmente na salvação.

Ele o faz para expressar seu amor (Ef 2.4; Jo 3.16), para ser capaz de mostrar sua graça nos séculos vindouros (Ef 2.7), e para que o homem redimido produza bons frutos (Ef 2.10). A graça soberana é sempre intencional, pois a vida sob a graça é uma vida de boas obras.



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